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Mostrando postagens de novembro, 2017

sem título #1

Um copo de café manipula o tempo. Passa mais rápido ou mais devagar, se dobra à vontade da bebida como se fosse tão fluído quanto as nossas vontades. E é. Talvez um copo de vontade seja menor que o de café E por isso não faz efeito por si só. Tanta coisa passando pela máquina, sendo triturada, escorrendo. Acho que eu preciso de um copo de tempo.

Notas

A banda se posicionou. Todos sabem o que fazer quando o Sol nasce, nos dias 10 de cada mês. O violinista, cansado, tocou a noite toda com seus amigos em um bar. Acordou cedo, tomou um café forte e foi pra labuta. Sua esposa, tocou uma nota doce em sua flauta e o beijou. Ele tenta se concentrar em seu trabalho, e cumprimenta seus amigos com notas desafinadas que escancaram sua exaustão. Porém, chegou a hora. O desfile começou, junto com o nascer do dia, e o maestro apareceu. Todos que assistiam, tocavam seus instrumentos. A banda também. Notas desagradáveis, pensava o violinista. Durante o desfile, como de costume, a banda passa em frente aos bairros dos mudos, que fitam  a banda oficial, em silêncio. O violinista vê uma criança gritando, e sua mãe o repreende. Esta cena impressiona o violinista. Há pouco tempo, viu na internet, guitarristas e bateristas que tocavam músicas agressivas com a foto do maestro em destaque. Depois, tocaram uma balada triste, enquanto fotos de mudos aparecia